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Sociedade Das Marionetes

by Cianeto HC

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1.
Batendo panelas? Mas não era tão sabido? Não tinha aberto as pernas Para o magistrado preferido? Pobre e reaça? Ficará largado às traças Não foi minha culpa Não fui eu que criei desculpas Para fazer De bandidos sem fiança Minha imagem e semelhança... Segue a moda Mesmo sem se olhar no espelho Refletindo o jeitinho brasileiro! Furando fila Tomando vantagem Pela família Eu digo sim à malandragem! Pobre e reaça? Ficará largado às traças Não foi minha culpa Não fui eu que criei desculpas Para fazer De bandidos sem fiança Minha imagem e semelhança... Segue a moda Mesmo sem se olhar no espelho Refletindo o jeitinho brasileiro!
2.
Por que nos tem como fracassados Se não pode com os nossos fardos? O seu desejo não nos conduz Ser da manada não nos seduz! Imunes às tuas canções de ninar Não pertencemos a nenhum lugar! Com ousadia e irmandade Criamos luz na soturna cidade No mosh não tem escudo Pronto pro nada e pro tudo? Faz piada de seu calvário? Bem-vindo ao clube dos otários! É bom ser desajustado Como um acorde desafinado Não ser igual a propagandas Ou produto de demandas Nem criar expectativas Em manobras evasivas É ter na voz a ogiva De uma bomba criativa No mosh não tem escudo Pronto pro nada e pro tudo? Faz piada de seu calvário? Bem-vindo ao clube dos otários!
3.
Intensas palpitações... Só queria respirar! Queria que a vida passasse Em suaves prestações Mal ensaiei viver E já me vi em risco Brindei sem prazer Escondendo as lágrimas em ciscos Me recuso a cair assim Como um castelo de areia Pois é nesse tempo ruim Que a minha coragem incendeia... Como num filme de terror Me debato pra escapar Da hedionda morte Que tenta me silenciar Crescendo bem devagar... Maldito corpo estranho! Me faz tão efêmero Minando os meus sonhos... Me recuso a cair assim Como um castelo de areia Pois é nesse tempo ruim Que minha coragem incendeia... Te cortei fora Como um dedo podre Pare de me ameaçar Não pode me machucar! Saia de minhas vísceras! E de outras úlceras Contrario seu diagnóstico Fujo deste quadro clínico... Me recuso a cair assim Como um castelo de areia Pois é nesse tempo ruim Que a minha coragem incendeia
4.
Por que erraram sua jugular? Cadê o milagre que vai te curar? Devia ter sangrado sem parar! Diz ser o homem com uma missão Consagrado por falar de Deus em vão Usa palavras empoeiradas Tiradas de sua estante de fachadas Por que erraram sua jugular? Cadê o milagre que vai te curar? Devia ter sangrado sem parar! O profeta da nova geração Negocia a sua salvação Divida em 12 vezes no cartão Sem frete e nem direito a devolução
5.
É o soco na cara no meio da roda O olho inchado depois de uma sova É a fraqueza do herói destemido Protetor dos frascos e comprimidos Armado tu tem a sensação De que não te falta culhão? Gosta de jogar polícia e ladrão Onde negro é morto sem distinção É o tiro de aviso Faz da morte uma festa Tão cauteloso Quanto um tiro na testa Tem o coldre carregado Entre os dedos precipitados Vai a caça de sua presa E alega legítima defesa Dá ao filho o melhor presente A cabeça de um indigente Jesus até foi um bom rapaz Agora jaz baleado, que descanse em paz! É o tiro de aviso Faz da morte uma festa Tão cauteloso Quanto um tiro na testa
6.
Lambe a bota de um milico miserável Toma banho com um pato inflável O seu Deus só salva mão aberta Ai de você se não deixar oferta! Ele acredita na pena de morte Tem amor no coração, mas que vença o mais forte! Diz que arte é enfeite E política é confete É o lixo varrido Pra debaixo do carpete
7.
Encontre seus ideais engolindo manuais Aceite o prescrito,repita o que já foi dito Então vamos cobrir a linha pontilhada E colorir esse saber de fachada Questionar? Não levante o dedo! Decorar... O seu papel no enredo! Dizem promover o ensino com questões atuais Mas aplicam fórmulas do tempo dos meus pais Mostram causa sem efeito, minando o prazer de aprender Questionar? Não levante o dedo! Decorar... O seu papel no enredo! Que se dane! Apenas faça o seu dever Obedecer Como um bom joguete Resignar... Dance, marionete! Quero ouvir A voz da senzala Devolva minha memória E as raízes da minha História Digam a eles que fico Com meu senso crítico...
8.
O homem é inseto que faz o próprio veneno É dormente quando esperto e brusco quando ameno Um zero quando próspero e falso quando sincero É chave sem fenda que se põe a venda Em sua torre de marfim A cobiça é o jasmim Que enfeita o seu jardim Nessa terra de ganância sem fim O homem é impotente, mesmo onipresente É História sem final e fábula sem moral Ignora quando escuta, discute sem disputa Vive pelo emprego e morre sem sossego Em sua torre de marfim A cobiça é o jasmim Que enfeita o seu jardim Nessa terra de ganância sem fim O homem se conforma E o padrão adorna Chora no circo e foge no cerco Se expõe como um manequim Mata com tiros de festim É o vão útil, mais um entre mil! Em sua torre de marfim A cobiça é o jasmim Que enfeita o seu jardim Nessa terra de ganância sem fim
9.
Convoca os companheiros Para avaliar o ato Mas creio que sua ação Não vale nota nem boato Se gaba de ter voz atuante Por que soa tão irrelevante? Como pondera viver sem fronteira Se segue armado em sua trincheira? É tão bonito o seu teatro Visado na manifestação Onde diz estar ferido Mas não tem um arranhão! Se gaba de ter voz atuante Porque soa tão irrelevante? Como um bom ativista de papelão Quer espólios na próxima eleição!
10.
Como um só? Voltamos ao pó! Tão racionais Porém passionais... Mesmo com gestos ensaiados Juntos, lado a lado Falamos de união sem convicção Traçamos metas pra mudanças concretas Tiramos do papel a torre de babel Pra morrer por causas vazias Eu tenho o conceito Faço do meu jeito Não fale por mim É cada um por si Buscamos o foco Estando em cacos E seguimos fora de controle... Você é o que consome Come mesmo sem ter fome Na selva de pedra Não desanimem! Aqui homem é lobo do homem! Homem lobo do homem
11.
Eu sou um spam da pós modernidade Um meme de meias verdades Num mundo em que crápulas são honestos O real é bem indigesto Dia e noite eu vivo nesse inferno Temos slogans para nossos devaneios Fins justificam os meios Somos inanimados mesmo em ação Fantoches da especulação Alcançamos a informação Cultuando a contradição Então encenamos personagens Em busca de novas miragens Dizemos ter tudo sobre controle Contudo, mal há quem nos console Temos slogans para nossos devaneios: Fins justificam os meios Somos inanimados mesmo em ação Fantoches da especulação Estamos vivendo para o agora E sentimos da boca pra fora Dizendo palavras ao vento Esfriando o calor do momento
12.
Diz estar com Deus em comunhão Mas o inferno está cheio de boa intenção Tem o corpo fechado mas vaza pecado Lava essa boca suja com sabão Ou sofra a minha terrível maldição: Asa de morcego, pena de urubu Que caiam as pregas dos fiscais de cu Boca de sapo, teia de aranha Um encosto te acompanha Volta pro mar, oferenda Mas talvez Iemanjá se ofenda Chuta despacho em encruzilhada O normal é tua fé forçada? Asa de morcego, pena de urubu Que caiam as pregas dos fiscais de cu Boca de sapo, teia de aranha Um encosto te acompanha

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Agradecer especialmente a todxs xs camaradas que fizeram parte dos coletivos Geração TrisTherezina e Nuvem Negra The do Piauí, em especial ao Valciãn Calixto, Agostinho Torres e Jairo Mouzinho. Ao Robervan Sousa, guitarrista que deixou a banda recentemente, um sincero abraço cordial.

Ao produtor/músico Rubens Lerneh pelos conselhos nas mixagens e a todos os ex colegas de banda, que participaram de um verdadeiro tráfico de pessoas e permitiram que a banda alcançasse os 10 anos de existência. Marcus Contonete, Valcian Calixto, Helton Ramone, Pablo Vinicius... A Lista é infinita e a memória é falha e cruel. Obrigado a todos!

Agradecemos à Renata Leal e Mayara Dias pelo apoio incondicional, e aos colegas da Universidade federal do Piauí Campus Helvídio Nunes de Barros, em Picos. Às bandas amigas Kandover, Obtus, Garoto Andróide, Escrotos, Banheiro de Rodoviária, Káfila e todas que resistem bravamente contra o fascismo vigente no Brasil.

Agradecemos desde já todos os sites e pessoas que dedicaram ao menos um minuto de sua atenção para nos ouvir e incentivar.

Este álbum é uma homenagem ao falecido punk e amigo pessoal Henrique Moreira. Descanse em paz, irmão!

credits

released May 16, 2019

Todas as letras por: Heitor Matos

Arranjos: Heitor Matos, Juliano bode, Lucas Barbosa, Robervan Sousa e Diego Felipe

Vocais de apoio: Lucas Barbosa

Arte do álbum: Juliano Bode

Fotografias: Juliano Bode e Diego Felipe

Mix, masterização: Juliano bode

Gravado/ Produzido de novembro de 2018 a março de 2019 no Home Studio CNHC.

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Cianeto HC Teresina, Brazil

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